Beltane

A sabedoria dos ritos ancestrais
Com os povos antigos perdida,
Os portadores da palavra esquecida,
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O poder de evocar os elementais.


Entraremos no círculo sagrado,
Fecundaremos a Terra com a nossa semente,
Desejo e devoção somente;
O suor e o amor  ardente
De nossos corpos entrelaçados.


Teu elixir puro terei sorvido,
Teu ventre quente terei logrado
E a meu espírito alquebrado
Novo ânimo será concedido.


Seremos como a Deusa e seu Consorte,
Banhados de bençãos pela Lua.
Tão clara quanto a tua carne nua,
Associados no dever até a morte.


Que o sangue do velho gamo se derrame
Que um novo rei se proclame
Para guiar a Bretanha doravante
Iluminado pelas fogueiras de Beltane.


(Igraine, 2014)

*Ester poema foi escrito por uma leitora do blog Torre no Porão. Igraine é seu pseudônimo.

Comentários

  1. Eu me lembro de quando Arthur se deitou com Morgana no ritual e depois se tornou rei, porém firmou sua sentença de morte, pois foi seu próprio filho, concebido naquele dia sagrado, que o matou. Uma bela referência.

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    1. O que mais marcou na narrativa, tanto da Igraine, quanto, especialmente, da Marion Zimmer Bradley, é que os acontecimentos trágicos que se sucederam à Arthur e à Avalon, apesar de estarem diretamente associados ao desrespeito à sociedade matrifocal, não retiram a beleza e a emoção avassaladora que Arthur e Morgana sentiram ao celebrarem Beltane.

      Como disse um grande mestre "Se seus olhos forem bons, oh que luz são; se forem trevas, oh que escuridão".

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Éam?!?

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