I'll be what I am
Passando o tempo, foi possível perceber o quanto me perdi.
Enquanto faziam jogos sujos pelas minhas costas.
Eu me sentia cada vez mais assustado com o tamanho desta
sombra ao meu lado.
Lembro-me de enxergar assim, tão distante de mim.
Hoje acordo na certeza sem fim que estavam contra mim.
Eu serei o que sou, com meus erros e acertos. Pois eu me importo pra mim.
Será mais fácil enxergar assim, nada mais será contra mim.
Foi difícil encontrar uma razão, noites de jogos e
escuridão.
Quando olhei para céu, não encontrei nada;
estava sem brilho, tamanha imensidão.
Acredite... Queira você, sim ou não:
Não havia estrelas no céu, me tornava invisível na multidão.
De tanto tomar Gyn, me deitei no chão e fiquei nessa escuridão.
Mas agora nada será contra mim, me sentia assim.
Não havia guardas, muralhas e escorpiões.
Os portões dos porões não se fechavam, nada mais era contra
mim,
quando cruzei a fronteira da razão enlouquecido da
inquietação.
Levantei-me do chão, não haverá escuridão, nada queria
enxergar.
Poderia assim encontrar uma razão.
Eu serei o que sou até o
amanhecer.
Vou voltar a ver o que quer que seja... eu não procurei, nem fui
encontrar.
Sou a sombra da luz que vem brilhar.
O botão da bomba fatal, fiz deste inferno meu quintal.
Vivo na dor de quem nunca sentiu, no espaço de alguém que nunca ocupou.
Sei que serei assim, o que sempre quis: uma sombra na escuridão, invisível à
multidão.
(Lobo, 2015)
*Este poema foi escrito por um leitor do blog Torre no Porão. Lobo é um pseudônimo.
Ellen aqui: "...fiz deste inferno meu quintal. vivo na dor de quem nunca sentiu, no espaço de quem nunca ocupou..."
ResponderExcluirUau... Peça permissão para eu compartilhar isso, com o devido crédito, é claro? Incrível!!
hahahaha invasão! Que delícia, sempre, você por aqui! Eu perguntei
ResponderExcluirpra "Lobo" e ele disse que sim, claro!