Tchau radar...
...vamos adiante".
Aquela típica frase aparente de maturidade. E recorrente da maturidade. Junto de "Tchau Radar", Humberto parece seguir para uma nova fase, mas ainda olhando para trás.
Eu demorei um tanto para escrever qualquer coisa sobre seu novo disco. Quanto mais alguém se encolhe para seu centro, suas raízes, suas tradições, mais difícil é descrevê-lo; tanto mais fácil cair nas armadilhas dos adjetivos surrados, tais como "regionalista" e até "saudosista".
Mas quer saber? Os saudosistas somos nós. Aqueles que, inevitavelmente, lembram-se do primeiro long player dos Engenheiros do Hawaii circulando pelo pequeno apartamento onde moravam você, seu pai e sua irmã. Lembra daquela sensação quando ouviu, na mesma frase, as palavras "guerra" e "amor", a imagem desfocada de um mapa estranho, de uma quadra esquisita, inseridos em uma engrenagem de fundo amarelo? Horroroso! "E os dândis com isso?", alguém poderia questionar. "E o que diabos é 'dândis'?", eu me perguntava, num receio precoce de parecer inconveniente.
É que tudo se avoluma quando você se culpava em não ter vivido em um quarto de hotel "à luz apenas do aparelho televisor". Mas toda a crítica midiática ao elitismo, rebatida por nós, fãs, que fomos aos sebos perguntar às prateleiras quem era Sartre passa a ter menos sentido quando ouvimos a voz de Todo mundo é moderno falando sobre a letra que enviou, via sms, para Rogério Flausino musicar (Para Quem???). Daí que passamos a ter menos ódio do Mundo Perfeito e seu incrível gerador de letras Gessingerianas...
Aquela típica frase aparente de maturidade. E recorrente da maturidade. Junto de "Tchau Radar", Humberto parece seguir para uma nova fase, mas ainda olhando para trás.
Eu demorei um tanto para escrever qualquer coisa sobre seu novo disco. Quanto mais alguém se encolhe para seu centro, suas raízes, suas tradições, mais difícil é descrevê-lo; tanto mais fácil cair nas armadilhas dos adjetivos surrados, tais como "regionalista" e até "saudosista".
Mas quer saber? Os saudosistas somos nós. Aqueles que, inevitavelmente, lembram-se do primeiro long player dos Engenheiros do Hawaii circulando pelo pequeno apartamento onde moravam você, seu pai e sua irmã. Lembra daquela sensação quando ouviu, na mesma frase, as palavras "guerra" e "amor", a imagem desfocada de um mapa estranho, de uma quadra esquisita, inseridos em uma engrenagem de fundo amarelo? Horroroso! "E os dândis com isso?", alguém poderia questionar. "E o que diabos é 'dândis'?", eu me perguntava, num receio precoce de parecer inconveniente.
É que tudo se avoluma quando você se culpava em não ter vivido em um quarto de hotel "à luz apenas do aparelho televisor". Mas toda a crítica midiática ao elitismo, rebatida por nós, fãs, que fomos aos sebos perguntar às prateleiras quem era Sartre passa a ter menos sentido quando ouvimos a voz de Todo mundo é moderno falando sobre a letra que enviou, via sms, para Rogério Flausino musicar (
Seguir em frente olhando para trás parece, afinal, o mal de qualquer operário das artes.
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Éam?!?