Relation chips

Não existem, quase, mais relações; existem projetos. 
Ontem ouvi um maluco do catarse.me - rede de financiamento colaborativo do Brasil - falar, durante um Seminário Avançado sobre Crowdfunding e produção midiática na área cultural, sobre os projetos que passam por eles, e da importância de terem começo, meio e fim. Sua finitude viabiliza o mapeamento do sucesso e do alcance dos objetivos traçados. 
Penso que essa característica migrou para as relações, especialmente aquelas fora do seio familiar; neste caso, as pessoas se suportam e se descobrem a cada adversidade, em nome da segurança (se é bom ou ruim... é um fato!).  
Nas demais esferas da vida social, há amigos que se vão quando acaba um curso, um "projeto", mas que deixam aquela saudade gostosa e aquela única foto, que você guarda como se tivesse tirado ontem;
há amigos que se vão em alguma situação mal resolvida e que nos deixam consternados, sempre com aquela sensação de que, como em um sonho, tudo irá se resolver naquele discurso pronto que, um dia, poderá ser dito e esclarecido em uma garrafa de Serra Malte;
e há aqueles que se foram nas asas do vento e deixam muita dor. 

Mas certamente há pessoas cujas relações se desgastam por pura falta de respeito mútuo, falta de paciência em aceitar a diversidade. E isso não é tomar rumos diferentes daqueles que te cercam, isso é sacanagem! Quando tudo aquilo que te encantava no outro vira motivo de questionamento, deve ser porque o projeto acabou, e não bateu as metas!
Como disse o Camelo, brilhantemente em O Vento: "se a gente já não sabe mais rir um do outro, meu bem, então o que resta é chorar". Ou mudar. Não?!?

 

Comentários

  1. Acho que tenho tentado justificar, com todos as luzes de vela deste Porão, que a razão não serve senão para censurar a criatividade, a liberdade e a beleza das coisas. A consciência é importante nisto. Ela tira as escamas dos olhos. Mas o que é a inconsciência e a emoção para um físico?!?

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Éam?!?

Postagens mais visitadas